A Pane no Cérebro de Fábio Bruggioni

Não presidente, aqui não cola

Alguém nas mídias sociais ou na grande imprensa lembra da recente pane da Telefônica? Quase ninguém, o caso é “velho”, quase um século atrás dias de hoje, não sei se rede está melhor, mas garanto que o do presidente da Telefônica Fábio Bruggioni não melhorou de lá para cá, o oposto é mais provável.

Em entrevista ao R7, recém criado portal da Record na internet, o presidente da Telefônica tentou imitar Lula na teoria da bravata, e com isso acabou caindo ingenuamente nas perguntas de André Sartorelli do R7.

Era mais fácil simplesmente negar a entrevista e assunto encerrado, ninguém iria ficar falando nisso, mas não, ele tentou fazer o que não sabe, lidar com comunicação.

Segue em vermelho as bravatas de Bruggioni. O Azul fica para por minha conta.

“R7 – Qual o motivo de tantos problemas desde julho de 2008?”

“Fábio Bruggioni – Os mercados de telefonia fixa e internet banda larga estão crescendo muito. Com a crise, as pessoas perceberam que usar o telefone fixo é bem mais barato que o celular. Em relação ao Speedy, deve ser considerada a rápida expansão”.

O caso da telefonia fixa eu nem vou comentar, mas ela está tendo um retrocesso no mundo todo, só se mantem viva no Brasil, por que a ANATEL é a ANATEL, Agora dizer que a internet está se expandindo é a causa das panes? Todos, dos consumidores até a ANATEL, sabem que a culpa é da Telefônica.

“R7 – Isso quer dizer que a Telefônica não está preparada para atender a todos os clientes?”

“Bruggioni – De maneira alguma. Nós tivemos problemas pontuais, e nosso trabalho a partir do que foi estabelecido pela Anatel tem o objetivo de ampliar a nossa capacidade para atender aos novos clientes e melhorar os serviços já oferecidos.”

Problemas pontuais? Se os problemas são pontuais, então precisava a Anatel interferir? Evidente que não. Todos sabem que a agencia só entra em campo quando as coisas saem de controle, qualquer coisa menor a Anatel fecha os olhos.

O “Massacre da Serra Elétrica” continua.

“No ano passado a Telefônica investiu R$ 108 milhões em publicidade. O plano de ampliação e estabilização do Speedy é de R$ 70 milhões. Não são valores discrepantes?

“Bruggioni – Serão investidos em várias áreas principalmente em equipamentos que fazem com que a banda larga chegue melhor até o computador das pessoas. Também está em desenvolvimento um software de gestão de segurança para a rede”

Até mesmo uma criança pode perceber que além de não responder a pergunta, ela não tem resposta, pelo menos uma que você possa dar.

Mas eu tenho a resposta. É mais fácil anunciar na imprensa para calar os veículos comunicação, que não vão querer perder o dinheiro e o cliente, do que investir para melhorar de fato o serviço prestado.

Para que ficar calado quando se pode falar bobagem? É a pane do cérebro que ainda não passou, em ter ou usar uma assessoria de imprensa descente do lado para evitar esse tipo de situação.

Para falar bobagens e ter a "verdade" você precisa de um discurso populista, uma ideologia e milhões de pessoas dependendo de “Bolsa Esmola”, e nesse caso Bruggioni não tem nenhum dos três.

Talvez as panes da Telefônica passem, no dia que ela trocar de CEO para alguém que saiba fazer mais e falar menos.